sexta-feira, 16 de julho de 2004

Baratas, Ratos e Pombos

Quero logo esclarecer que não sou a favor da destruição do meio ambiente.
Claro que sou a favor da ecologia e tudo isso, mas quero questionar apenas uma pequena parte disso tudo: A preservação em cativeiro de animais em extinção.
 
Primeiro é preciso entender uma coisa: a natureza trabalha com ciclos. Sempre na historia da terra houveram períodos em que a vida se tornava mais difícil, cataclismas, eras glaciais, meteoros, grandes erupções, etc... Durante estes períodos apenas os animais mais adaptáveis sobreviviam e continuavam na terra. Depois, quando a coisa se acalmava, e a terra passava por um período mais estável, de fartura, estas poucas espécies adaptáveis que sobravam evoluíam em diversas espécies mais especializadas (predadores que só caçam um certo tipo de presa, ou herbívoros que só comem um certo tipo de planta). Com o passar do tempo, inevitavelmente, viria outro cataclisma e o ciclo se inicia outra vez.
 
Isso acontece muito antes do homem e continuara acontecendo muito tempo depois.
 
Agora o que acontece hoje em dia é que nos geramos o nosso cataclisma; mudamos o clima, geramos poluição, desmatamos e construímos nosso próprio ecossistema: as cidades.
O ponto que quero chegar é que não há sentido nenhum em tentar preservar espécies que não estão mais capacitadas a viver no nosso mundo de hoje. A natureza provavelmente continuara evoluindo com os animais que são mais adaptáveis ao mundo inóspito que criamos, animais esses como as baratas, ratos e os pombos, que conseguem viver muito bem no nosso ambiente. Os que pretendem usar recursos como a inseminação artificial e a clonagem para tentar manter espécies em extinção por aqui, estão tentando mudar o curso da natureza tanto quanto aqueles que a destroem.
 
Se não há mais nenhum ecossistema intacto no mundo de hoje em que o urso panda possa se desenvolver e evoluir livremente, então lamento muito, mas a hora dele já chegou.
Que morrar os ursos panda, eu só posso lamentar.