terça-feira, 16 de novembro de 2004

Carta ao feijão

Meu filho/a, neste momento você ainda se encontra no meio das tripas de sua mãe e tem o tamanho de um feijãozinho, por isso seu apelido carinhoso no momento: feijão.
Querido feijão, saiba que foi com muita surpresa e felicidade que a noticia de sua chegada ao mundo foi recebida por todos.
Eu e sua mãe ainda não sabemos nada sobre você, e não sabemos nem nada sobre como seremos no papel de pais, mas desde o primeiro momento já te amamos. Estamos ansiosos pra saber que surpresas, desafios e lições você ira nos oferecer. Só a noticia da sua vinda já causou um furacão nas nossas vidas e nas daqueles que nos cercam. Não daqueles furacões que chegam e destroem tudo, mas daqueles furacões que dão uma sacudida na gente, nos fazem enxergar tudo diferente, pensar mais no futuro, e ficar mais perto das pessoas queridas pra nos apoiarmos.
Não sei se vou te entregar o mundo como eu o encontrei. Pra falar a verdade acho que ele agora tem mais problemas do que quando eu cheguei, mas também acho que agora temos muito mais possibilidades de encontrar juntos caminhos melhores. O mundo que estamos te presenteando esta desafiador, cheio de pendências a resolver, cheio de contas a pagar, mais com algum jeitinho acho que tudo isso pode ser negociado.
Espero que goste da vida que estamos lhe dando também, pelo budismo você já deve ter tido algumas outras pra comparar. De acordo com a sua vó, a gente que escolhe ainda lá em cima, como alminha, os pais e a família onde vai nascer.
Se isso é verdade pelo menos já sabemos que você tem bom gosto.