terça-feira, 27 de novembro de 2007

Estados Unidos da América

Já notaram que é um país que não tem nome? É a descrição do que é: estados unidos, e onde estão: na América. Engraçado isso, não?

Bom, fato é que os Estados Unidos por enquanto são o nosso império atual. Eles estão por toda a parte e exportam de maneira agressiva sua cultura. Afinal, pela tevê, conhecemos o dia-a-dia de um grupo de amigos em Nova Iorque, já vimos os bastidores de uma investigação criminal de Las Vegas, estamos familiarizados com a vida de solteiro em Los Angeles. Temos o conhecimento de como eles vivem, o que comem, quais feriados comemoram e que faculdades freqüentam. Talvez seja por esse motivo que nos ressentimos tanto por eles não saberem nada sobre nós.

É bem verdade que pouco sabemos sobre a Índia ou a China, conhecemos pouco até mesmo nossos vizinhos Colômbia ou Chile. A diferença é que eles são o império, eles deveriam conhecer o seu mundo.

Todos os povos que foram império no passado achavam que o resto do mundo era constituído por bárbaros. Pegue o exemplo do império anterior ao atual: Os britânicos sempre se acharam superiores e que todas as outras civilizações eram inferiores e teriam que evoluir muito, mais muito, pra chegar onde eles chegaram. Era um relação bem desigual, mas pelo menos era uma relação. Eles nos enxergavam como seres inferiores, mas nos enxergavam.

Os EUA são um pouco diferentes. No filme Pulp Fiction, o personagem do John Tavolta acaba de voltar da França. Ele diz que lá se fala royal with cheese e Le Bigmac. Isso pra eles é o cúmulo do absurdo. Obviamente, o correto é the Bigmac e acabou. É difícil pra eles verem o outro, relativizar.

O país tem um grande apreço por claras divisões: preto ou branco, republicano ou democrata, bem ou mal, esportista ou nerd, popular ou não, americano ou não. Todo o resto do mundo se enquadra na categoria não-americano. Para os estadunidenses, só existem eles ou não-eles. Talvez isso explique muitas das atitudes dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo.

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